"O CRUZEIRO."

Só na estrada, que cruz que tem existência,
Triste é que confunde tempo de estado:
Quem se volta; no pó além permanência,
Sopro vida que a é; que pouco cuidado!
 
Presa em solo que ali, se parte no adeus;
Fora quis que se unir com outro no mundo:
Sabe o adeus o porquê pertence, se a Deus
Sabe dores, que até me espanta confundo.
 
Nessas cruzes se lê memória em ausente,
Dessas cruzes se vê que data partiu;
Passa traços de fé em nobre presente.
 
Quem amor se chorou, que junto em presente;
Quem ardentes se juntos, vista uniu.
Se ouviram no momento, quem se intendente.
 
Barrinha 05 de dezembro de 2018
antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 05/12/2018
Reeditado em 05/12/2018
Código do texto: T6519518
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