Insólito Adeus
No leito onde a rosa medra
Tu tens por lençol a pedra,
Por travesseiro uma cruz.
(Castro Alves)
Deitada no seu leito de madeira
De olhar vitral, feito morta andorinha,
Vestida com os tecidos de rainha
- Amava aquela estranha forasteira!
Embevecia qual u'a feiticeira
Os refolhos da tétrica alma minha,
Co'a face fria e pálida que tinha;
Ah, e jamais tal lembrança a mim esgueira...
Peguei u'a rosa e pus sobre o seu peito;
Uivava de tristeza... o infame feito...
Que mágoa! Que maldade! Que loucura!
Beijou chorando a rosa que lhe dei,
E disse imersa em prantos, bem o sei
Oh! Enfim eu dormirei na sepultura!
2012
Renan 2ª, 4ª estrofes.
Nestório 1ª, 3 ª estrofes.