Todo o mosteiro encheu-se de tristeza
“Todo o mosteiro encheu-se de tristeza” – Maranhão Sobrinho.
Todo o mosteiro encheu-se de tristeza
Quando a passagem de Fernão se deu.
Marmóreo piso d'ouro se rompeu
Perdendo o brilho, a pompa e a realeza.
Desfez seu voto, a virginal, Tereza;
Límpido céu do vale, escureceu.
Velho pomar, secou. O rio, morreu.
Súbito infarto pôs-se à natureza.
Poucos minutos, junto ao seu caixão,
Muitos fiéis em linda comoção
Queriam, juntos, carregar o morto.
Grande surpresa a todos aguardava:
O próprio Cristo um lindo salmo orava,
Enquanto o Santo abandonava o corpo.