Ad Aeternum

A’ngústia d’este tão morno tempo cinza

Taciturna estende u’manto d’amargura

Contando estórias d’elegíacas branduras

Assolando o corpo que lânguido respira

N’uma inquieta porventura dor intrínseca

Que se refreia na barreira mente humana

Transtornando a ínfima força das entranhas

Já frágeis à pressão mundana extrínseca

Arrastand’os resíduos d’uma paz d’outrora

Quimera vívida e quiçá vivida por horas

Na venustidade veranil do contentamento

Em solidão descansa o véu d’esta memória

Cada incômodo em silhueta persecutória

E o’sonhos retornam puro estranhamento.

Sara Melissa de Azevedo
Enviado por Sara Melissa de Azevedo em 30/11/2018
Reeditado em 30/11/2018
Código do texto: T6515983
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