OLIVEIRA
Aroma terno e benigno, assim inspirado
Bosques verdejantes d’exíguos frutos
Calmos, n’aragem primaveril, em muitos
Morosamente colhidos aos sagrados
Úmidos pomos e palmas de plácida tez
Sob as sombras que fazem as oliveiras
Riso doce desfruta o óleo virgem à beira
D’um flúmen d’água doce e nudez
De pés delgados sobre as terras vicejantes
Feliz à’usência de fragores dissonantes
Ascende a voz sublime ao canto puro
Ó, revele-me, brilho d’este etéreo azeite,
O nome, a face, o corpo qu’é meu deleite
N’este melancólico sonho qual perduro.