OLIVEIRA

Aroma terno e benigno, assim inspirado

Bosques verdejantes d’exíguos frutos

Calmos, n’aragem primaveril, em muitos

Morosamente colhidos aos sagrados

Úmidos pomos e palmas de plácida tez

Sob as sombras que fazem as oliveiras

Riso doce desfruta o óleo virgem à beira

D’um flúmen d’água doce e nudez

De pés delgados sobre as terras vicejantes

Feliz à’usência de fragores dissonantes

Ascende a voz sublime ao canto puro

Ó, revele-me, brilho d’este etéreo azeite,

O nome, a face, o corpo qu’é meu deleite

N’este melancólico sonho qual perduro.

Sara Melissa de Azevedo
Enviado por Sara Melissa de Azevedo em 30/11/2018
Código do texto: T6515743
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