METAMORFOSE EM VERSOS

O que dizer da poesia que faço,

Se a tempo me alimento de Camões?

Me farto das linhas e do compasso...

Recrio em meus versos... as reflexões!

Como explicar da minha, cada traço,

Com as metamorfoses e os senões?

Quando alinhavo o verso e tranço o laço...

Desembaraço-me de mil grilhões!

Ou... como garantir a esse... a autoria,

Se o muito se reproduz, ou copia?

Cobra-se de onde nasceu cada verso!

São pontos de interrogações, mas sei,

Que nesse caso... fui fundo... pensei...

E inseri Camões em meu universo!

Josias Moreira