INDEFESA POR NATUREZA
Vejo as cores do altíssimo tronco
Que a tarde plúmbea de leve prateia.
O perfume que Minh ‘alma anseia
Rescende aos golpes d’um machado bronco
Quebrando o silêncio gentil da mata,
E ferindo de morte a natureza.
Queria ter no peito mais frieza,
Mas ver tal maldade me desacata.
Lembro Augusto e seu tamarineiro,
Na infância amigo e companheiro,
A quem defendeu da ira paterna.
A humana ira não se modifica.
Agora e para sempre, tudo indica,
Será como no tempo das cavernas.
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Inspirado no soneto O EUCALIPTO, do Poeta Carioca