INDEFESA POR NATUREZA

Vejo as cores do altíssimo tronco

Que a tarde plúmbea de leve prateia.

O perfume que Minh ‘alma anseia

Rescende aos golpes d’um machado bronco

Quebrando o silêncio gentil da mata,

E ferindo de morte a natureza.

Queria ter no peito mais frieza,

Mas ver tal maldade me desacata.

Lembro Augusto e seu tamarineiro,

Na infância amigo e companheiro,

A quem defendeu da ira paterna.

A humana ira não se modifica.

Agora e para sempre, tudo indica,

Será como no tempo das cavernas.

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Inspirado no soneto O EUCALIPTO, do Poeta Carioca

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 28/11/2018
Reeditado em 28/11/2018
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