CONDENAÇÃO MEMORÍFICA
Já longínquo vislumbro o sonho vir calado
Nas entranhas d'esta mente qual pertenço
Sonância d'outroras cujo ardor extenso
Fazia-se, não onírico, um presente estado;
Inversa interface é-me contínua e absurda
N'esta fração denominada inconsciente
Se resguardo a'legria ternamente
N'est'escuro arvoredo, jaz, imunda;
Faces quais plantaram anseios de solidão
Emergem, transmutadas, d'oceano d'ilusão
Como se ópio parisse p'r'o meu caos interno
Todo liquor de sua desforme constituição
E por ele nem um antídoto vivo às mãos
Efectiva seu vigor e'meu desperto intelecto.