CONDENAÇÃO MEMORÍFICA

Já longínquo vislumbro o sonho vir calado

Nas entranhas d'esta mente qual pertenço

Sonância d'outroras cujo ardor extenso

Fazia-se, não onírico, um presente estado;

Inversa interface é-me contínua e absurda

N'esta fração denominada inconsciente

Se resguardo a'legria ternamente

N'est'escuro arvoredo, jaz, imunda;

Faces quais plantaram anseios de solidão

Emergem, transmutadas, d'oceano d'ilusão

Como se ópio parisse p'r'o meu caos interno

Todo liquor de sua desforme constituição

E por ele nem um antídoto vivo às mãos

Efectiva seu vigor e'meu desperto intelecto.

Sara Melissa de Azevedo
Enviado por Sara Melissa de Azevedo em 28/11/2018
Código do texto: T6513982
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