DE CONTOS DA NEGRA NOITE
De contos da negra noite
Guarda a opala celeste no aporgeu do infinito
O sabor oblíquo dos teus mornos lábios de âmbar
Eu fito o céu desta varanda
Sem saber se ela olha a mesmo nada
Sem saber se ela escuta o som de minha gaita
Perfumada de desejo pungente
E esta alma indolente se consente na delícia
De entrar Madrugada a dentro com nossa canção favorita
Te pedir um tango tu me negas-te no entanto
Me revelas-tes num secreto olha
A vontade de me amar de me ter bem perto
Do que vale contar as horas desta noite taciturna
Deixa que ela embale estas notas perdidas
Na varanda com nossas almas.