Diário de um assassino
A pior coisa que pôde me acontecer
Foi quando aquele nosso amor se acabou
E um outro de meus braços a tomou;
Desde então, não mais soube o que é viver.
O que não fiz para que viesse a te esquecer!
Por dias esta dúvida me assombrou,
Meu sono e também minha paz roubou:
O que, meu Deus, é que eu poderia fazer?
Tomei minha decisão finalmente:
Não suportando mais a solidão, enfim,
Vinguei-me, assassinando-a cruelmente...
Enterrei-a, logo após, em meu jardim,
Que desde então desabrochou lindamente...
No fim das contas, não foi tão ruim assim!