DEIXE-ME IR!

Ensimesmado, solitário, triste...

Buscando por você a qualquer hora,

cismado com amor que nem existe...

Ser impreciso, habitante de outrora!

Tua presença, soa como um chiste,

que ao meu viver, ocupa e penhora.

Toma-me o peito, ardor que não desiste

de consumir-me, como o dia à aurora.

Saber-te etérea é mais que um convite,

À vida, já devo juros de mora!

Ir ter contigo... sonho que persiste...

Destino, que pra minh’alma já demora,

pois que arrogante, brande o dedo em riste:

“Se a razão reclama, o coração implora!”

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 24/11/2018
Código do texto: T6510596
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