DEIXE-ME IR!
Ensimesmado, solitário, triste...
Buscando por você a qualquer hora,
cismado com amor que nem existe...
Ser impreciso, habitante de outrora!
Tua presença, soa como um chiste,
que ao meu viver, ocupa e penhora.
Toma-me o peito, ardor que não desiste
de consumir-me, como o dia à aurora.
Saber-te etérea é mais que um convite,
À vida, já devo juros de mora!
Ir ter contigo... sonho que persiste...
Destino, que pra minh’alma já demora,
pois que arrogante, brande o dedo em riste:
“Se a razão reclama, o coração implora!”