LUTA RENHIDA

Quem me entrega atroz à tristeza e a solidão

mal sabe que são minhas velhas companheiras,

flagelando-me com isso realmente não estão,

sempre que as encontro continuam altaneiras.

Quem semeia em mim com prazer a injustiça

acreditando que vou esmorecer diante da vida,

desconhece que a resiliência é a minha adriça

e com fé em Deus enfrento-a de cabeça erguida.

Às vezes oferecem no lugar da água, vinagre,

obrigando-nos a beber, caçoando da nossa sede

de viver, para que nada em nossa vida consagre.

Todavia temos que “combater o bom combate”,

apesar da condição inumana que em nós excede,

para que a nossa existência seja sim de alto quilate.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 20/11/2018
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