LUTA RENHIDA
Quem me entrega atroz à tristeza e a solidão
mal sabe que são minhas velhas companheiras,
flagelando-me com isso realmente não estão,
sempre que as encontro continuam altaneiras.
Quem semeia em mim com prazer a injustiça
acreditando que vou esmorecer diante da vida,
desconhece que a resiliência é a minha adriça
e com fé em Deus enfrento-a de cabeça erguida.
Às vezes oferecem no lugar da água, vinagre,
obrigando-nos a beber, caçoando da nossa sede
de viver, para que nada em nossa vida consagre.
Todavia temos que “combater o bom combate”,
apesar da condição inumana que em nós excede,
para que a nossa existência seja sim de alto quilate.
O FILHO DA POETISA