SONETO AO BANDO ERRANTE
Se o povo já não pensa tão estreito,
Não quer saber da foice e do martelo,
Dispensa bando em rubros tão singelo,
Perdido O Chefe, a estrela, o brio e o pleito.
Há quem lamente, há quem diga "Bem feito!"
Dos que, sem rumo após um tal flagelo,
Aprendem, como que num pesadelo,
Que o povo dessa terra é bom, direito.
A quem resista, o verso aqui não falha,
Desenha à mente mais obtusa e lerda
A comuna do cúmplice petralha.
E o bando segue chafurdando em merda
Tomando o bem por mal, tudo achincalha,
E o mal aqui tem nome certo : Esquerda.
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