Quando lerdes este meu soneto
Quando lerdes este meu soneto
Com olhar sereno e despretensioso
Não podes ver meu mundo horroroso
E assim segue pisando em esqueletos
Instigado por um senso curioso
Indo por caminhos cada vez mais pretos
E segue alheio aos meus desafetos
Tal amante do que é tenebroso
E de meus infortúnios e despedidas
...dos traumas negros de minha vida
E do quanto me falta vontade de viver
Vê neste soneto as marcas do abismo
Admirando a sombra do superficialismo
Alheio ao mal que me fez estes versos escrever