ETILISMO
Procuro em devaneios a bebida,
conduto para alívio da tristeza.
Preciso esparramar sobre uma mesa
a face pelos prantos carcomida.
Teu nome está na taça preferida,
nas límpidas imagens, na beleza
que não consigo ver quando a franqueza
ao sóbrio vem falar de despedida.
Prossigo noite adentro, imoderado,
sem desejar o gole derradeiro
desta ilusão pungente... Sina ingrata!
De ti completamente embriagado,
meu coração se entrega por inteiro
ao vício de uma espera que maltrata.