- Um sonho!
Tudo era novidade, ela nunca havia navegado por rios.
Foi um sonho rápido de um dia que amanhecia, gritei!
Por ti chamava em meio à neblina que se apontava,
Tu altiva na sua pose de princesa fingia não escutar!
Atônito eu me debatia e aos gritos bradei! Pare! Pare!
Não sigas, tu de longe avistou a sua imagem refletida,
Existe um perigo e não quero que nada aconteça a ti.
Pare! Não conseguia deter-te, e o batel seguia sereno.
E cada vez que eu gritava mais e muito mais distanciavas,
Volte! Não se vá ainda não é hora, não me deixes só.
Nunca parecia o sonho terminar e no impulso acordei,
Ainda a tempo de ver sua imagem toda vestida no branco,
Cantando uma linda canção como as sereias fazem sempre,
E o seu canto fora o meu encanto e me aprisionou nos braços.
_________________________________________________________