Insensíveis amizades

Quantas vezes clamei por tua ajuda;

Pedi teus ombros, tuas mãos também.

No entanto, de maneira carrancuda,

Me deste a indiferença e o teu desdém.

Passei situações bem cabeludas;

Da minha própria dor eu fui refém;

Mas, nessa condição cruel e aguda,

Nem tu me auxiliaste, nem ninguém...

Dessa conduta má fiquei surpreso,

Pois, nunca eu esperei tanto desprezo,

De quem eu tanto já estendi a mão.

Eu confiei a ti minha bondade

E tu só exploraste essa amizade,

Com a tua mais injusta ingratidão.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 12/11/2018
Código do texto: T6501082
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