Insensíveis amizades
Quantas vezes clamei por tua ajuda;
Pedi teus ombros, tuas mãos também.
No entanto, de maneira carrancuda,
Me deste a indiferença e o teu desdém.
Passei situações bem cabeludas;
Da minha própria dor eu fui refém;
Mas, nessa condição cruel e aguda,
Nem tu me auxiliaste, nem ninguém...
Dessa conduta má fiquei surpreso,
Pois, nunca eu esperei tanto desprezo,
De quem eu tanto já estendi a mão.
Eu confiei a ti minha bondade
E tu só exploraste essa amizade,
Com a tua mais injusta ingratidão.