Não sou sempre amável, referto de mel
Não sou sempre amável, referto de mel,
Isso tudo em demasia apenas me enfada,
Habito sumariamente no âmago do fel,
A você soo adverso como trágica balada.
Neste exato momento, não temo nada.
Não hesito diante de uma crítica dura,
Se assim lhe agrada dê logo a porrada,
Se eu perder os dentes ponho dentadura.
No seu olhar coexiste desdém, insolência;
Simulada polidez, a mim gera sonolência.
Você é volátil e maculado, pífia diplomacia;
Furtivo camaleão, almejando supremacia.
Não sou condescendente, tampouco manso.
Se quiser, nutra seu ódio, ostente seu ranço.
T. S. Sevla