A princesa
Mãos trêmulas em águas plácidas,
Desfazem o reflexo do triste rosto.
Tez pálida, delicado contorno,
Verte uma lágrima solitária pela face.
A beleza nua deitada à margem,
Mal percebe a silhueta de passagem,
Que vislumbra seu abandono,
Ao fim da tarde outonal.
Sua visão seria frugal,
Não fosse tamanha a tristeza
Ao ver maculada sublime beleza,
Por vil criatura furtiva e abissal.
Bravos uniram-se para justa vingança.
Por tal vilipêndio à pureza real.