A princesa

Mãos trêmulas em águas plácidas,

Desfazem o reflexo do triste rosto.

Tez pálida, delicado contorno,

Verte uma lágrima solitária pela face.

A beleza nua deitada à margem,

Mal percebe a silhueta de passagem,

Que vislumbra seu abandono,

Ao fim da tarde outonal.

Sua visão seria frugal,

Não fosse tamanha a tristeza

Ao ver maculada sublime beleza,

Por vil criatura furtiva e abissal.

Bravos uniram-se para justa vingança.

Por tal vilipêndio à pureza real.

Rose Paz
Enviado por Rose Paz em 10/11/2018
Reeditado em 11/11/2018
Código do texto: T6499517
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