NA TORRENTE DO DEVIR

Outrora eu era de tal forma, e hoje já não sou mais...

E o que sou hoje, amanhã enfim deixarei de ser...

Embalde eu vivo para amanhã evanescer

Na torrente do devir sob seus instantes finais.

Às vezes, bebo um fel de insatisfações quase fatais

E todos os dias me consumo em desejos de viver

Eternamente sob a verdade que me ajuda a fortalecer

Como uma nau ancorado num seguro cais.

Vivo em mm sensações de despedidas frequentes

Dos que me cativam com as suas auras envolventes

E também dos momentos prodigando doces emoções.

Meu existir nesse mundo é uma estranha passagem

Como a de um peregrino em sua inaudita viagem,

Ávido de descobertas, respostas e transmutações.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 09/11/2018
Reeditado em 10/04/2020
Código do texto: T6498498
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