NA TORRENTE DO DEVIR
Outrora eu era de tal forma, e hoje já não sou mais...
E o que sou hoje, amanhã enfim deixarei de ser...
Embalde eu vivo para amanhã evanescer
Na torrente do devir sob seus instantes finais.
Às vezes, bebo um fel de insatisfações quase fatais
E todos os dias me consumo em desejos de viver
Eternamente sob a verdade que me ajuda a fortalecer
Como uma nau ancorado num seguro cais.
Vivo em mm sensações de despedidas frequentes
Dos que me cativam com as suas auras envolventes
E também dos momentos prodigando doces emoções.
Meu existir nesse mundo é uma estranha passagem
Como a de um peregrino em sua inaudita viagem,
Ávido de descobertas, respostas e transmutações.