Soneto da dor
A dor, que, na distância, reside
E da sua saudade se alimenta
Silenciosa, cresce e me divide
Em melancolia, caos e tormenta
Essa dor, que, em meu coração, habita
Em suas paredes, criou raiz
Do meu amor, tornou-se parasita
De minha sentença, foi o juiz
Fadado eternamente à solidão
O resto dos dias hei de passar
Te esperando na infinda imensidão
Quando, em teu abraço, vou me jogar
Atendendo aos anseios da paixão
Onde a Morte não vai nos separar