Saudade e poesia
Edir Pina de Barros
Saudade, minha amiga e companheira
preciso descansar um pouco agora
há tempos que tu és minha senhora,
ainda que, cansada, eu não te queira.
Há tempos me tornei tua hospedeira,
andejo carregando-a mundo em fora,
mas ora sou aquela que te implora
que partas com a sombra que me abeira.
Porém sem ti a vida o que seria?
O que seria não sentir saudade
de tudo o que se foi sem ter regresso?
Pensando bem não vás! Tu és poesia
que a Vida em mutação serena invade,
processos que em sonetos canto, expresso.
Edir Pina de Barros
Saudade, minha amiga e companheira
preciso descansar um pouco agora
há tempos que tu és minha senhora,
ainda que, cansada, eu não te queira.
Há tempos me tornei tua hospedeira,
andejo carregando-a mundo em fora,
mas ora sou aquela que te implora
que partas com a sombra que me abeira.
Porém sem ti a vida o que seria?
O que seria não sentir saudade
de tudo o que se foi sem ter regresso?
Pensando bem não vás! Tu és poesia
que a Vida em mutação serena invade,
processos que em sonetos canto, expresso.