NO PORÃO...
Não há mais mistério...
Nem mesmo que se alegue destino...
Tão fácil, tão simples assim.
Sem gritos histéricos...
Apenas o olhar sem qualquer tino...
Tão ágil e tão quieto em mim.
As sombras são alheias, indiferentes...
Que pairam sem piedade ou perdão.
Atrevesssam-me de forma indecente,
Até mesmo na mais cálida escuridão.
No calendário, dias independentes...
E eu parado no tempo, haja solidão.
E mesmo num raiar tão incandescente,
Acho-me com os olhos presos no porão.