NO PORÃO...

Não há mais mistério...

Nem mesmo que se alegue destino...

Tão fácil, tão simples assim.

Sem gritos histéricos...

Apenas o olhar sem qualquer tino...

Tão ágil e tão quieto em mim.

As sombras são alheias, indiferentes...

Que pairam sem piedade ou perdão.

Atrevesssam-me de forma indecente,

Até mesmo na mais cálida escuridão.

No calendário, dias independentes...

E eu parado no tempo, haja solidão.

E mesmo num raiar tão incandescente,

Acho-me com os olhos presos no porão.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 06/11/2018
Reeditado em 10/11/2018
Código do texto: T6495548
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