SEDE DE TI
Há dias que tenho uma fome insaciável,
Fome do teu corpo fixado ao meu...
Tenho uma sede de ti, algo incontrolável;
Meus instintos consumidos pelos teus.
Desejo em frêmito tem n’alma a uivar.
Essa sede profana beber-te-ei num gole...
Sentirei teu sabor, na minha boca a ceivar;
Embriagar-me-ei numa ânsia sem controle.
Hei de beber no cálice do teu corpo,
Absinto em tua pele inebriante...
Teus olhos imersos, duma vez o sorvo!
Tu escorres em meus rubros lábios;
Delicioso vício tens me aprisionado
Hás de matar-me aos seus desígnios.