SEDE DE TI

Há dias que tenho uma fome insaciável,

Fome do teu corpo fixado ao meu...

Tenho uma sede de ti, algo incontrolável;

Meus instintos consumidos pelos teus.

Desejo em frêmito tem n’alma a uivar.

Essa sede profana beber-te-ei num gole...

Sentirei teu sabor, na minha boca a ceivar;

Embriagar-me-ei numa ânsia sem controle.

Hei de beber no cálice do teu corpo,

Absinto em tua pele inebriante...

Teus olhos imersos, duma vez o sorvo!

Tu escorres em meus rubros lábios;

Delicioso vício tens me aprisionado

Hás de matar-me aos seus desígnios.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 05/11/2018
Código do texto: T6495195
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