_ Aos entes ausentes _
Saudade! Ai que saudade dolorosa!...
Que ousa trespassar o entendimento,
No mais sombrio e lânguido sentimento,
Perpétua em rios de lágrimas chorosas!
A dor que experimento é estrondorosa...
Que implode — qual vulcão — o pensamento
Ao imaginar os mórbidos sofrimentos,
Que dilaceram a alma — estertorosa!
Na inglória, ainda sinto a contextura,
Ao relembrar os entes que partiram...,
Deixando-me num eflúvio inconsciente.
E exalo um aroma suave — de Ventura...
Que os sábios, os deuses e os anjos proferiram:
— Amar a Deus e orar aos entes ausentes!!
Pacco
***
Escreveste uma bela interação, caro poeta! Mui grato.
A saudade, uma quimera,
se apresenta tão vulgar;
nos devora tal qual fera,
não tem hora e nem lugar!
(poetatrovador)
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Não tem hora e nem lugar,
Às quimeras — contundentes!...
Muitas ficam a arrenegar...
Aos que vivem tão contentes!
Pacco