_ Aos entes ausentes _

Saudade! Ai que saudade dolorosa!...

Que ousa trespassar o entendimento,

No mais sombrio e lânguido sentimento,

Perpétua em rios de lágrimas chorosas!

A dor que experimento é estrondorosa...

Que implode — qual vulcão — o pensamento

Ao imaginar os mórbidos sofrimentos,

Que dilaceram a alma — estertorosa!

Na inglória, ainda sinto a contextura,

Ao relembrar os entes que partiram...,

Deixando-me num eflúvio inconsciente.

E exalo um aroma suave — de Ventura...

Que os sábios, os deuses e os anjos proferiram:

— Amar a Deus e orar aos entes ausentes!!

Pacco

***

Escreveste uma bela interação, caro poeta! Mui grato.

A saudade, uma quimera,

se apresenta tão vulgar;

nos devora tal qual fera,

não tem hora e nem lugar!

(poetatrovador)

***

Não tem hora e nem lugar,

Às quimeras — contundentes!...

Muitas ficam a arrenegar...

Aos que vivem tão contentes!

Pacco

Pacco
Enviado por Pacco em 02/11/2018
Reeditado em 20/12/2018
Código do texto: T6492752
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