Réquiem para um provedor

Um operário cansado

Jazia numa mesa fria

Só pranto derramado

Quem de barriga vazia

Beleza não põe a mesa

Suor já não faz o pão

Com tijolo fez incerteza

Com a pá faz seu rincão

Trabalhador de tão fértil

Réstia de prole em penca

De um amor tão servil

Agora quem amamenta?

A mãe e todos os frutos

Na mesa o último reduto

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 28/10/2018
Reeditado em 28/10/2018
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