A SINA DE UM POETA
Porque insisto tanto em ser poeta?
Meus dedos queimam, minha mente
Sempre inquieta pelas madrugadas...
Porque vivo com o pensamento latente?
Não escolhi ter a alma em chamas;
Ardendo em labaredas, versos viscerais.
Ser a dor de quem sofre, o amor de quem ama
A poesia me escolheu, não tenho paz. Não mais!
Vivo em constantes devaneios...
Por dentro, um turbilhão de emoções;
Mal que me consome, o bem que sobreveio.
O corpo treme sobre a pele inflamada;
Apetecendo de acalento, toque da poesia
São versejos duma alma imaculada.