Filha da tormenta
Tu que habita em meio a tempestade
Se orgulha de ser filha da tormenta
Conserva em ti uma atmosfera violenta
Em teu vil jardim de adversidade
E se isola da odiosa sociedade
De alma coberta de nimbus cinzenta
E o ódio que do teu olhar rebenta
Encobre a tua vulnerabilidade
Mas eu que vejo claro como o céu
O que esconde por baixo desse véu
Vejo o quão profundo são tuas tristezas
Teus sofrimentos, que foram tantos
De uma vida reservada ao pranto
lhe edificando a atual frieza