VOZERIO
VOZERIO
No bulício das praças comerciais
Com autos e pedestres a ir e vir,
O povo não consegue distinguir
Sua voz das buzinas e sinais:
Na fé que tendo menos pode mais,
Proclama no passado o seu porvir...
Mas os que falam, falam sem medir,
Nem pouco nem bonito, sim demais.
Uns saúdam o novo; outros, o velho...
Como se fosse um mal já conhecido
Preferível ao bem desconhecido.
Ensurdecido o povo, de vermelho
Borram com sangue o piso dos porões
N'um silêncio ululante às multidões!
Betim - 24 10 2018