OUTUBRO CINZENTO
Outubro veste-se d’um cinza escabroso
E o futuro que prevemos é incerto,
Porque o mundo, de bondade está deserto
E nós pisamos em terreno perigoso.
A velha dicotomia já não existe,
A escolha agora é entre o ruim e o pior.
Há quem preveja a volta de Sobibor,
Cuja triste memória ainda persiste.
Nas costas de cada um, uma sentença,
Com suas próprias mãos escolhe o seu destino.
Não será o que deseja, vença quem vença.
Diante de tudo só tenho uma esperança,
É de que no futuro alguém me convença
Que o mal não é tão feio como a gente pensa.
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Baseado no poema VÉU DE OUTUBRO, do Poeta Carioca.