Maldito Poeta
Eu escrevo e apago,
apago e torno a escrever.
Escrevo meio amargo,
apago a sofrer.
A cada letra te beijo na boca,
em cada palavra devoro seu corpo.
São versos de razão louca,
em linhas retas escrevo torto.
Queria escrever o seu nome
e dizer que te amo.
Saciar assim minha fome.
De mim mesmo reclamo,
te quero num desejo eterno,
e me calo sozinho no inferno.