VOZ DO VERSO...
Eu sei que pra compor a voz do verso
Não é preciso lábios nem garganta
Preciso na palavra que encanta
Ouvidos hábeis, mãos de ser diverso...
Assim em meio a vida do universo
Pela palavra simples se agiganta
O vate pela humildade santa
E pelo perspicaz olhar perverso...
Porque constrói sentido diferente
Articulando metaforicamente
Palavras que saltando vão da folha...
A dor como abelha que dá mel
Amor como espinho em pleno céu
E os dois, verde beijando sem escolha...
Autor: André Luiz Pinheiro
23/10/2018