Ondulações
Águida Hettwer
Desenho no papel machê,
Ondulações da alma descortinando,
No alto da colina sobrevoando,
Sonhos que deixei no passado hibernando.
Metáforas do sentir no ritmo da espera,
Com o nanquim em punho, teus sinais indicam-me direções,
Eleva-me aos jardins diáfanos, em meiga primavera,
Onde me banho em cascata de emoções.
Traduzindo no poema plangente formosura,
Perfume de rosas inebriante,
Imergidas no oásis da memória fulgurante.
Espalhando incenso nos recantos etéreos,
Cristais translúcidos de ternura,
Na luz que permeia meu verso, tua imagem transfigura.
11.09.2007