V E N T O S A S

O OMO por sobre o peixe é inútil,

Não há nada que limpe, a tal sujeira

Faz a cabeça do inocente útil,

A massa de manobra desordeira.

Lá onde os braços do polvo alcançam,

Fixam-se as ventosas poderosas.

Um tipo de veneno inoculam,

Sonolentos no lodo vemos rosas.

Como a hidra novas cabeças cria.

Com elas propaga sua influência,

Tal poder não explica a ciência.

Hipnose coletiva seria?

Será que é do povo ignorância?

Será que é o fim da democracia?

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* Para o soneto Homem a Deriva, do poeta Gilberto Oliveira

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 16/10/2018
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