"Versos Mal-ditos"
Tenho uma alma urbana, verseja alforriada;
Por vezes traça alguns versos mal-ditos...
Livre de todas as regras, vento solto à lufada
D'alma libertada, vive presa, sem eméritos.
Tenho um corpo violado pela musa lírica;
Entoa sobre meus ouvidos rimas órfãs,
A mente cria fantasias reais e utópicas...
Potestades de mil outros poetas em afã.
Preciso me conter para não surtar...
Rasgo verbos na poesia para me sanar,
Cicatrizes d'outrora no peito açoitadas.
Poeta ou poesia... assim o Ser!...
Renasço todos os dias ao amanhecer,
O mais lindo vôo que a alma pode alçar.