A LIÇÃO DO CAMINHONEIRO
Das coisas simples que de mim não roubaram,
Fica o sorriso que caminho do rio havia.
Olhos nas luzes dos postes voltaram,
No banco do caminhão, deitado eu sorria.
Hoje, da lembrança de meu pai que restou
De menos absurdo, foram dos rios as pazadas.
Retirando montes de areia, as mãos calejadas,
Hoje definindo grande parte do que sou.
“Tarde! Tarde! Pais, não deis mais palmadas!”
Pois dessa mão tão forte e astuta
disseram que agora são águas passadas.
Ladrões, assassinos, são tontos os tais
Que lançam ideias, julgando ideiais,
Que a mim não convencem! Nunca! Nunca!