LONGE DE TI (soneto)

Longe de ti, se lembro, porventura

Do teu olhar, que outrora me fitava

O teu afago na sede é de só tortura

E ter-te agora da saudade é escrava

Tal aquele, que, escuta e murmura

O teu cheiro, que a poesia escava

Já uma sorte maviosa e tão pura

Tristemente, a expectativa forjava

Porque a inspiração tem seu nome

Nos versos com a parva alma calada

Cuja a recordação só me consome

E como o desejo assim não quisera

O destino riscou uma penosa cilada

E aqui, ainda, o meu amor te espera!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Outubro de 2018 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 09/10/2018
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6471897
Classificação de conteúdo: seguro