CONTRADIÇÃO
Vivo nesse constante inferno de Amor,
Ora sou consumida de alegria, ora só tristeza.
Triste fadário d'alma, curva e penosa;
Punjes meu coração, que grita: Clamor!...
Adormeço cá, onde a escuridão sobrevém,
Num denso frio invernal de ansiedade;
Meu corpo por abster dum afago, alguém...
Convalecente, ansiando por Felicidade.
Vivo apaixonada pela vida e pelo amor,
Mesmo que Ele me mate e D'ele eu morra!
Meu espírito elevado aos céus, viraria flor.
Cada pétala cintilando minha inquietação
Amar... amar... até eu inteira sangrar;
Que morra flor, por fatídica contradição.