RECÔNDITO

Falei tanto de solidão, de devaneio

De sonhos, galanteios e desgraça

Em tudo fugaz, que vem e passa

No piscar de olhos, com que veio

Tal desventura e ventura e graça

Choro e riso, a liberdade e o freio

Tão pouca a sorte tive no sorteio

Tudo agridoce tal fogo e fumaça

O autêntico senso, é de mansinho

Penetra na alma, no amor orgulho

Tem olhar manso e melhor carinho

Se vem e devassa, é um engulho

Silencia, no doce poetar, definho

Suspiro, perfurando sem barulho

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2018, 6 de outubro - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo poético no Canal do youTube:

https://youtu.be/rq6hZ0YKznU

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 06/10/2018
Reeditado em 06/10/2021
Código do texto: T6468983
Classificação de conteúdo: seguro