VERSOS DE AMAR (soneto)

O poetar que sofre, desgarrado

Da emoção, no exílio sem pejo

Da inspiração, ali tão separado

Calado, e sem nenhum desejo

Não basta apenas ser criado

Moldado na doçura dum beijo

Nem tão pouco ser delicado

Se o cobiçar, assim me vejo

O poetar que tolera, e passa

Sem se compor com pureza

Não há quem possa ele criar

E mais eleva e ao poeta graça

É trazer na poesia a grandeza

E a leveza dos versos de amar.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2018, outubro - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 04/10/2018
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6467767
Classificação de conteúdo: seguro