Mata ciliar e o fim

A seca do verão acabou com as pastagens

Deixou fraco o gado, os córregos definharam

A visão é devastadora e cruel....

Ainda assim, o sol forte atormenta os ventos

Que espalha um fogo cruel e desumano

Desabrigando animais silvestre que caminha

Entre a pouca mata, na vastidão de capim

Que unida a canaviais sega a natureza

Mas eis que chega a primavera nestas terras

E as folhas secas silencia meus passos na chuva

Que caminho pela mata restante, contemplando

Um resto de mundo feito de carbono e nobres animais

Sou apenas com a bicharada assustada, um amigo

Do matagal que resta, como abrigo, desta evolução sem noção.

Kiko Pardini