MUNDO MORTUÁRIO - SONETO INÉDITO
Do equidistante mundo mortuário
Vejo almas peregrinas, sofredoras,
Buscando a paz nas luzes sonhadoras,
Refletidas na imagem de um sudário!
E vejo almas na porta de um sacrário,
Tristes, contemplativas, colhedoras,
Antes do mal que as fez aterradoras
Em pecado ao seu deus imaginário!
E delas, poucas vão se reencarnando,
Se reencarnando em corpos mais sensíveis,
Daqueles, quais, vão para o mundo orando!
Mas muitas vão ficar no purgatório,
Incontestavelmente irreversíveis,
Em lágrimas e velas de velório!
Eduardo Eugênio Batista
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