Sem desânimo - soneto
Os sonhos se foram levados pelos raios do sol.
Desta linda manhã inconsciente e fria. Deixou.
De engrossar o dia que passa em murmúrios
Com zunzunzuns sem razão e direção. Sem....
Ainda remansos ventos agitam os periódicos.
Bucólicas rosas despojam suas belas pétalas
Esmaecidas e murchas com cores a esvaziar
Suas avivadas tonalidades em alegóricos tons.
Neste cenário complacente risos soam ecoando.
Horas que em sua lentidão fenecem na tarde
Que chega indelével com a noite que aborda.
Sonhos fortificariam outros devaneios planos.
Ao sabor incipiente do vento frígido e ligeiro
Morrem na garganta da noite sem desânimo.