Soneto passear das mãos no rosto

Para o meu prazer, me distraí em seu olhar

O magnetismo intenso de ímãs circulares coloridas

Infiltrando o delicado gosto da sedução escondida

Como a flor azul refletida em seus olhos.

Quando abri o templo das correntes existentes em mim

A delicada e perfeita flor mostrou-me o desconhecido

O sujeito oculto nas espessuras dos livros

Ainda oculto, mas chamo seu nome.

Tão trancado em minhas barreiras invisíveis

As horas passavam vagarosamente no sofá da sala em breu

Resgatou-me tuas mãos passeando em meu rosto

Quando a dor corta a alma, nos fechamos tão de imediato

Que a brisa pousa no fogo dos sonhos

E por lá ficará, até o resgate do passear das mãos no rosto.