TRIBUTO AO SERTÃO

Quando os passarinhos cantam no sertão

A natureza encantada fica toda em festa.

Há uma alegria imensa no meu coração

Ao ver o verde sutil brotar na floresta.

E então o bravo sertanejo com satisfação

Pega o pouco de semente que lhe resta

E lança logo no seio do queimado chão

Na esperança de colher o que presta.

Se a chuva cai impetuosamente no rincão

E o sinistro trovão explode na imensidão

O sertanejo dança e ri como um cigano.

Mas se a chuva viril não cai na estação

O sertanejo chora calado na escuridão

E espera paciente com fé o próximo ano.