Habita nesta casa a saudade
Habita nesta casa a saudade
Entre poeira e fotos desfocadas
Sou assombrado por eras passadas
Como um fantasma da efemeridade
Eu vago solitário nesta estrada
Sobre o martírio da longevidade
A fortuna prolonga-me a infelicidade
E a minha alma almeja ser cortada
Relembrando dias que já fui feliz
Maquiando a minha agonia com verniz
Vivendo em prol de mórbida nostalgia
Tão reservado aquilo que esta morto
E sigo em um eterno desconforto
E resistindo indignas alegrias