DILEMAS

Consome as horas minha tola espera,

enquanto verto mágoas em jazigos,

salinizadas vestes dos antigos

encontros cheios de paixão, quimera.

Inconsequente, o sonhador se esmera

em explorar destroços, os perigos

de conhecer ainda mais castigos

que o devaneio acalentado gera.

São duas vozes em ferrenha lide:

a sensatez me diz que não insista

e as emoções prosperam no revide...

Frente aos dilemas, mau equilibrista

eu me revelo e o coração decide

pelas miragens... Quão bonita a vista!