CODICILO

CODICILO

Pelo presente escrito a próprio punho 

E com pleno poder das faculdades,

Expresso as minhas últimas vontades 

Em dar, perto da morte, testemunho.

Deste modo: "Nos idos já de junho, 

Vendo me sem porvires nem verdades, 

Disponho do que é meu com liberdades 

E dou fé às más firmas que cunho:"

"Minha mobília e roupas podem doar,

Mas meu dinheiro o enterro há-de pagar, 

Tão pouco me servira quando vivo…"

"Meus versos deixo a quem os souber ler 

Mais os livros escritos sem saber 

Ao fim para viver qualquer motivo."

Contagem - 03 06 2004