SONETO DE TEMPESTADE
Nuvens negras descolorem o céu
Imitam a noite, escurece a tarde
Mil trovões em assustador tropel
Serpentes de raios fazendo alarde
Correm depressa a fechar as janelas
Pavor revelado nas suas retinas
Ventanias de empurrar caravelas
Derrubam árvores pelas esquinas
Gente humilde se escondendo de medo
Os mais valentes tremendo em segredo
À procura de um lugar salvador
Vem arco-íris, a paz da bonança
Da tempestade resta uma esperança
Lavasse a tristeza e levasse a dor