EM VÍSCERAS
Minha poesia, nascente das entranhas;
Versejos soturnos, versos dementes...
Ela é desnuda, duma beleza estranha,
Uma puta lírica de vários amantes.
Rebelde por natureza, triste por opção;
Às vezes finjo bem, noutras me descrevo,
É Verdade! Elas são parte do meu coração.
Se felizes ou não, minh'alma... prescrevo!
Meus versos são crias da imaginação...
Rimas voluntárias, métricas ao acaso;
Poesia melancólica, verbos de exatidão.
Vivo na pungência de todas as chagas...
A musa dilacerando esta frágil carne,
Ser poeta e poesia, minha augusta saga.